quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ela eu saquei sem sacar


E ela
Do jeito dela
Doce e tão bela
Aberta e tão sincera
Se vê e disso já se espera
Não saber o que virá
Não saber como será
Mas querer ali estar
Encontros são eventos
Daqueles cheios de acontecimentos
Daqueles que passam sem o tempo ver
Voam sem os segundos saber
Ela é especial
Tem um dom fenomenal
Ela transforma ao falar
Ao agir, ao chegar
Transforma quem precisa se transformar
Quem precisa evoluir, precisa desabrochar
Afinal, ela transforma quem pode respirar
Mas curioso, ela é mais, se é possível assim falar
Ela é de uma profundidade que vale explorar
Ela é de um mistério que não quer se revelar
Ela é reservada, e faz isso ao compartilhar
Porque ela tem muito a dar
E talvez sinta ser obrigação nisso focar
Mas pela forma, volume ou intensidade
Ela mesma não se permite conectar
Ela escolher o que quer deixar passar
Ou, em duvida, resolve se imobilizar
E, fico eu aqui a imaginar
Como consegue, quem vive pelas emoções
Pela razão se guiar
Quem cria pelo improviso
Na vida se planejar
Quem tantos transforma
Escolher quando mudar
Quem não se permite
Ao deixar levar
Talvez quem já se machucou
E não quer nisso voltar
Quem já errou
E se obriga agora acertar
Quem já se decepcionou ao tentar
E acha que o que tem pode bastar
Ou não conheço quem vos descrevo
Ou estive errado, ao observar

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aos calmos, minha inquietude

É uma inquietação
De não poder, por não ter poder, aquietar
De querer, sem querer, se calar
De pensar, ao sentir, melhor rolar
E captar, ao divagar, o que vejo passar
É uma inquietação
De ficar ou voltar
De sentar ou levantar
De xingar ou celebrar
De planejar ou executar
De temer ou confiar
De hesitar ou continuar
De arriscar ou arriscar
De continuar ou não parar
De se dar sem pensar
Ou
Viver sem experimentar
É uma inquietação
Que me forca caminhar